Por Anna Júlia Chagas — 2° ano E.M
Nas últimas semanas, unidades de saúde públicas e privadas em distintas regiões do país têm registrado um crescimento expressivo na demanda por atendimentos relacionados a enfermidades respiratórias, a exemplo da gripe, bronquite e pneumonia. Especialistas atribuem tal elevação à combinação entre alterações bruscas de temperatura e à adesão insuficiente às campanhas de imunização.
Dados recentes do Ministério da Saúde indicam um aumento de 35% nas internações por doenças respiratórias, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os grupos mais suscetíveis a esse cenário são compostos por crianças, idosos e indivíduos com comorbidades pré-existentes.
Segundo a infectologista Dra. Carla Mendes, “a queda acentuada nas temperaturas, associada à baixa umidade relativa do ar, favorece a circulação de vírus respiratórios. Quando esse contexto se soma à baixa taxa de vacinação contra a gripe, observa-se um agravamento expressivo da situação”.
Apesar dos esforços governamentais para ampliar a cobertura vacinal em nível nacional, os índices permanecem aquém do ideal. Conforme os dados mais recentes do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), apenas 43% do público-alvo havia sido imunizado até o momento.
As autoridades sanitárias reiteram a necessidade da adoção de medidas preventivas, tais como a vacinação regular, a higienização frequente das mãos, o uso de máscaras em ambientes fechados e a manutenção de espaços ventilados. O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. Henrique Lemos, enfatiza: “É fundamental que a população compreenda seu papel na contenção da disseminação dessas enfermidades”.
A expectativa é de que o número de casos permaneça elevado nas próximas semanas, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, onde há tendência de queda mais acentuada nas temperaturas. Diante desse panorama, profissionais da saúde alertam para a importância da vigilância contínua e do uso criterioso dos serviços de emergência.
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