Por Maria Clara Flores – 2ºano E.M.
O forte calor do Rio de Janeiro não é apenas atrativo para ir à praia ou razão de desconforto e estresse para quem não tem como se refrescar. As altas temperaturas pelas quais a cidade maravilhosa é conhecida estão relacionadas ao aumento de mortalidade na capital fluminense, pelo ao menos , é o mostra a pesquisa realizada pelo doutorando da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e pelo pesquisador do Centro de Inteligência Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, João Henrique de Araujo Morais. O estudo conduzido pelo aluno do Programa de Epidemiologia em Saúde Pública aponta que o risco é maior para idosos e pessoas com algumas doenças. No trabalho, foram analisados todos os 466 mil registros de mortes naturais ocorridas entre 2012 e 2024, e mais de 390 mil mortes por 17 causas selecionadas – das quais, 12 tiveram alta considerável da mortalidade para idosos no calor extremo.
Os números foram analisados separadamente conforme a classificação de Níveis de Calor (NC) do Protocolo de Calor da Prefeitura do Rio, lançado no ano passado. Os NCs variam de 1 a 5 e indicam riscos e, por consequência , ações que devem ser tomadas em cada um deles. O registro de Nível de Calor 4, quando a temperatura é superior a 40 °C por quatro horas ou mais, está associado a um aumento de 50% na mortalidade por doenças como hipertensão, diabetes e insuficiência renal entre idosos. “Em Nível 5, de duas horas com Índice de Calor igual ou acima de 44 °C. Esse aumento é observado e agravado, conforme o número de horas em exposição . Portanto, o estudo confirma que tais níveis extremos, definidos no protocolo , provocam riscos reais à saude, detalhou o autor.
Foi observado que o calor representa maior risco para idosos e pessoas com doenças como diabetes e hipertensão, além de Alzheimer, insuficiência renal e infecções do trato urinário. Araujo afirma que isso já era esperado. Esses resultados dialogam com a literatura existente sobre o tema.
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